Assis Lima
Assis Lima

AÍ É FERRIM MEU FI

Aqui nasceu o Ferroviário Atlético Clube

 Era diretor da Rede de Viação Cearense – RVC, o Dr. Luciano Martins Veras, tendo como Chefe do Departamento de Mecânica nas oficinas dos Urubus¹ o Dr. Hugo Rocha. Seu assessor administrativo já alguns anos era Valdemar Cabral Caracas. Acontecia muitas vezes de terminado o expediente, no inicio da década de 1930 os metalúrgicos tanto no final do horário, quanto entre jornadas extras, coordenadas por Valdemar Caracas formaram duas equipes para amistosamente preencherem o tempo. Formaram-se as equipes Mata Pasto e Jurubeba, e num campo improvisado dentro das oficinas num matagal por eles mesmos demarcados. Faziam torneios sem ainda nenhuma pretensão futebolística profissional.

Valdemar Caracas em 1929.

Carteira do Fundador do FAC

Aos 9 de maio de 1933, Valdemar Caracas começou a trabalhar no sentido de melhorar a equipe e fez uma fusão dos dois times culminando no Ferroviário, fundado por humildes trabalhadores a maioria do setor de Locomoção da saudosa Rede de Viação Cearense (RVC). Assim o Ferroviário Atlético Clube surgiu. No período de 1934 a 1937 o Ferroviário participava apenas dos campeonatos de subúrbios.

Em 1936 Caracas tornou-se locutor da Ceará Rádio Clube – PRE9 e lia as resenhas, indo para a história como primeiro cronista esportivo do rádio cearense.

Eng José Walter em 1965 visitando o terreno.

Trator aplanando o campo

Valdemar Caracas dando o chute inicial

O Ferroviário, time dos operários da RVC em 1938 participou oficialmente do campeonato cearense, sendo reconhecido pela Associação Desportiva cearense – ADC; foi assim que o Tubarão da Barra nasceu. Foi graças ao prestígio de Valdemar Caracas, que muitos jogadores entravam para os quadros da RVC, unicamente para jogar no Ferroviário. O interessante era que também tinha gente que jogava de graça, porque já era empregado da RVC como foi o caso do Cristiano Valter de Moraes Rôla, o médico conhecido como Dr. Kitt.

 Doutor  Kitt  jogava na ponta direita

 

 CRONOLOGIA DE UM CAMPEÃO COM OS CAMPEÕES

1945: Zé Dias, Alderir, Expedito, Caranguejo, Benedito, Dandoca, Chinês, Oswaldo, Duó, João Bombeiro, Toinho, Charutinho, Aracati, Almeida, Toinho II, Babá e Pipi. Treinador: Valdemar Caracas.

1950: Zé Dias, Nozinho, Manoelzinho, Benedito, Índio, Vicente Trajano, Vareta, Dudu, Chico três orelhas, Fernando, Zé Mario, Coimbra, Pipi, Macaúba, Nirtô e Manuel de Ferro. Treinador: Babá.

1952: Juju, Zé Dias, Manoelzinho, Nozinho, Coimbra, Macaúba, Vicente Trajano, Nirtô, Augusto, Zé Mario, Fernando, Mario Serejo, Macaco e Pipi. Treinador: Babá.

1968: Cavalheiro, Douglas, Edilson Jose, Wellington, Flodoaldo, Gomes, Barbosa, Edmar, Coca Cola, Luiz Paes, João Carlos, Lucinho, Paraíba, Ademir, Raimundinho, Roberto Barra Limpa, Mano, Jurandir, Sanega e Facó. Treinador: Ivonísio Mosca de Carvalho.

1970: Aluisio Linhares, Marcelino, Esteves, Luiz Paes, Hamilton Aires, Gomes, Eldo, Edmar, Coca Cola, Simplício, Amilton Melo, Paulo Veloso, Alísio, Louro, Luciano Dias, Zezinho do Bolo, Zé Luis, Simão, Mano, Uriel e Wilson. Treinador: Fernando Cônsul, Vicente Trajano e Alexandre Nepomuceno.

1979: Cícero, Jorge Luís, Lúcio Sabiá, Celso Gavião, Jeová, Ricardo Fogueira, Raulino, Terto, Paulo César, Jacinto, Babá, Edmundo, Jorge Henrique, Paulo Maurício, Ayala, Laércio, Zé Carlos, Arimatéia, Júlio, Doca, Jodecir, Nilsinho, Edson, Haroldo, Chico Alves, Dedé, Sérgio Luís, William, Paulinho, Giordano. Treinadores: José Oliveira, Pedrinho Rodrigues, Urubatão Nunes e Cesar Moraes.

1988: Robinson, Walter, Osvaldo, Serginho, Laércio, Silmar, Arimatéia, Djalma, Juarez, Kleber, Edson, Marcelo Veiga, Evilásio, Toninho Barrote, Aureliano, Alves, Arnaldo, Denô, Roberto Carlos, Beto Andrade, Carlos Roberto, Jacinto, Carlos Antônio, Dóia, Mazinho Loyola, Guina, Luisinho das Arábias, Mardônio, Amilton Rocha, Da Silva e Wiltinho. Treinadores: José Oliveira, Ramon Ramos, Cesar Moraes, José Maria Paiva e Lucídio Pontes.

1994: Roberval, Denis, Batistinha, Lima, Basílio, Branco, Batista, Nasa, Acássio, Cícero Ramalho, Eron, Santos, Caetano, Edinho, Reginaldo, Paulo Adriano, Alex, Edgar, Luis Sérgio, Ricardo Lima, Jorge Pinheiro, Aldo, Wanks, Haroldo, Rodney, Miguel, Márcio Sales, Toinho, Careca, Basílio, Esquerdinha, Cantareli e Pepe. Treinadores: José Dutra, José Maria Paiva, Humberto Maia, Edmundo Silveira e Cesar Moraes.

1995: Roberval, Jorge Luis, Biriba, Nasa, Santos, Batista, João Marcelo, Branco, Ricardo Lima, Paulo Adriano, Hilton, Acássio, Melo, Robério, Magno, Reginaldo, Alex, Borges, Piti, Márcio Sales, Wilson, Vagner, Chico Pita, Aldo, Somar, Alencar, Basílio, Toninho, Neném e Esquerdinha.
Treinador: Ramon Ramos.

Da esquerda para direita em pé: Massagista, Breno, Luiz Paes, Hamilton Ayres, Marcelino, Gomes e Coca-Cola; sentado numa bola Nido.

Agachados na mesma posição: Simplício, Uriel, Edmar, Zé Lins. 

Ônibus do Ferrim

Mercedes Benz ano 1956

 

DIRETORES DO FERRIM

 ►1933/33 José Roque;

►1933-34 Antonio Leite Barbosa;

►1934-34 João Francisco do Nascimento

►1934-38 José Maciel;

►1938-40 Antonio Pereira do Nascimento;

►1940-40 Armando Campelo;

►1940-40 Humberto Monte;

►1940-41 Heitor Ribeiro

►1941-41 Cícero Pereira carvalho;

►1941-41 Heitor Ribeiro;

►1941-43 Jaime Quitaz Perez;

►1943-43 Vicente Sales Linhares;

►1943-43 Antonio Pereira de Menezes;

►1943-45 Honório Correia Pinto;

►1945-58 Francisco Porfírio Sampaio;

►1958-59 Elzir Cabral;

►1959-59 Walter Machado Ponte;

►1959-59 Gontram, Pinho;

►1960-61 Francisco Porfírio Sampaio;

►1961-63 Francisco Isidoro Pessoa;

►1963-64 Etevaldo Nogueira Lima;

►1964-64 Eutídes Eduardo de Alencar;

►1964-64 Milton Ribeiro de Souza;

►1964-64 Valdemar Gomes da Silva;

►1964-64 Augusto Borges;

►1964-66 Elzir Cabral;

►1966-66 Jonas Carlos da Silva;

►1966-67 Wilson Leite Linhares;

►1967-67 Elzir Cabral;

►1967-67 José Firmo Frota Melo;

►1968-69 Elzir Cabral;

►1969-1972 Jose Rego Filho;

►1972-73 Aníbal Arruda;

►1974-75 Aquiles Peres Mota;

►1975-1975 Antonio Telmo Bessa;

►1975-1977 Chateaubriand Arrais;

►1978-78 Célio Pamplona;

►1979-79 José Rego Filho;

►1980-81 Antonio Carlos Montenegro;

►1982-84 José Lima de Queiroz;

►1984-84 Moacir Pereira Lima;

►1984-87 Caetano Bayma;

►1988-89 Domar Pessoa;

►1990-90 Vicente Monteiro;

►1990-91 Múcio Roberto;

►1992-93 Edilson Sampaio;

►1993-97 Clóvis Dias;

►1998-99 Carlos Alberto Mesquita;

►2000-00 Carlos Alberto Mota;

►2000-00 Jorge Bruno;

►2000-00 Vilemar Rodrigues;

►2001-01 Francisco Willian Braga Rocha;

                     Assis Lima e o advogado Francisco William B. Rocha

►2002-03 Múcio Roberto;

►2004-07 Paulo Wagner Pinheiro;

►2007-08 Francisco Machado Neto;

►2008-10; Paulo Wagner Pinheiro.

2009/10  José de Ribamar Pinto Soares

2011/11  Luiz Gonzaga Neto

2011/13  Vanderley Farias Pedrosa

2013/15  Edmílson Alves Júnior

2015/16  Carlos Alberto Mesquita

                                                                  

Engº Elzir de Alencar Araripe Cabral

(1926 – 2008)

 

Entrada Primitiva

 

VILA OLÍMPICA ELZIR CABRAL

 Por iniciativa do Engº. Elzir de Alencar Araripe Cabral foi o terreno adquirido pela diretoria do Ferroviário Atlético Clube, em uma boa localização, até mesmo privilegiada com (na época) uma arborização fantástica, embora hoje esteja sufocado por conta das transformações paisagísticas, efeito da já esperada explosão habitacional na Barra do Ceará.

 Na Câmara Municipal de Fortaleza. 2007.

 Por Proposta do Ex-ferroviário e Vereador José do Carmo Gondim Homenageando Valdemar Caracas. Cem anos de Idade. Tornou-se o Símbolo do Futebol Cearense.

 

 

 Vila Olímpica Elzir Cabral

Ferroviário Atlético Clube – Vila Olímpica Elzir Cabral
Rua Dona Filó, 650 – Barra do Ceará – CEP: 60330-060

 

Campo do Prado, que se transformaria no Estádio Presidente Vargas.

 

Curiosidades:

 O estádio Presidente Vargas, ou simplesmente PV, foi construído no início da década de 40 apresentando instalações super modernas para a época. Com arquibancadas e cercas (atuais alambrados) de madeira, a grande maravilha do PV era mesmo o gramado visto que até então, todos os campos na cidade de Fortaleza eram de barro batido e molhado antes das partidas.

A inauguração do estádio aconteceu em 21 de setembro de 1941, com o jogo Ferroviário 1 x 0 Tramways /PE, sendo o primeiro gol do estádio marcado pelo jogador coral Chinês, aos 20 minutos da etapa inicial.

Oficialmente, o maior público já registrado no PV foi de 38.515 pagantes, no jogo Ferroviário 1 x 1 Ceará, no dia 7 de maio de 1989.

 Nota 1: As oficinas dos urubus em 1951 denominou-se, Demósthenes Rockert; em 1998 passou a sediar a Companhia Ferroviária do Nordeste, hoje Transnordestina Logística S/A.

 

 Nota 2: Todas as fotos do time ferroviário deste capítulo, foram reproduzidas com negativos originais, gentilmente cedidos pelo fotógrafo José Augusto então chefe do atelier da RFFSA. As informações foram extraídas do Site Oficial do FAC, e do arquivo pessoal do pesquisador Eugênio Fernandes Fonseca.

 

Nota 3: As fotos das Oficinas e do Campo do Prado, foram reproduzidas de originais pertencentes ao Arquivo Nirez, gentilmente cedidas.

 

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