Assis Lima
Assis Lima

O CONTEXTO QUE INCREMENTOU O TREM NO MUNDO

            Locomotiva a vapor: constru’da em 1804                                                        Richard Trevithick.

Ilustração da Revolução Industrial As nações se despertaram com o aparecimento do trem, efeito do processo histórico econômico-social da Revolução Industrial Inglesa. Foi isso que ampliou o interesse pela inovação nos engenhos, partindo da já mencionada máquina à vapor, que havia sido patenteada por James Watt em 1769. Foi essa revolução que transformou uma sociedade agrária onde o homem era a força motriz, numa comunidade industrial em que a máquina o substituiu. Foram os avanços proporcionados pela Revolução Industrial, que deram formas a se produzir um espaço dinâmico. A produção e a velocidade exigiram novos tempos, que precisariam ter um toque moderno para a sua época. É neste contexto de modernidade que surgiu o Trem de Ferro.

Em virtude do trem, os interesses de muitos foram abalados pois, o meio de transporte mais utilizado na época ainda era o de tração animal. Na França grande foi a resistência oferecida pelos carroceiros e donos de estalajadeiros. Seria o fim das tropas de muares.

Votada pelo legislativo francês apesar da resistência, houve autorização para a criação da primeira rede ferroviária francesa. O trem foi a resposta que a indústria precisava para redobrar as suas forças, e estender a produção aos diversos lugares do mundo.

         Modelo do primeiro trem a correr em território francês.

As instalações das ferrovias requereram elevados custos devidos aos cuidados que, se fizeram necessários e se fazem até hoje, para as suas implantações. Estes fatores econômicos constituíram uma limitação aos países que, desejaram implantar o trem como meio de transporte e não tiveram recursos suficientes. Apenas os poderosos países capitalistas da Europa e, os Estados Unidos avançaram de inicio na construção de ferrovias. Os Estados Unidos, por exemplo, já dispunham em 1860 de 50.000 km de vias, contra 10.600 da Grã-Bretanha, 6.000 da Alemanha e 3.000 da França.

Durante a Revolução Industrial, alguns países acumularam capitais abundantes para a construção de suas ferrovias sem contar que, os mesmos também dispunham de condições geográficas favoráveis para a implantação das mesmas por deter poder de produção da matéria-prima.  Os países da Europa que já dispunham no início do século XX de uma longa e densa rede ferroviária eram: Grã-Bretanha, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Dinamarca, Suíça e Hungria. Na América, os Estados Unidos.

Aos países pobres restava pedir empréstimos aos países ricos para a implantação de suas ferrovias, cujos preços eram muito elevados deixando-os endividados por muito tempo, pois, nem sempre os governantes sabiam como explorar os benefícios, após a implantação de uma rede ferroviária. A saída era privilegiar concessionários estrangeiros.

O objetivo essencial da expansão ferroviária nos países capitalistas era deter, o monopólio comercial pelo resto do mundo. A necessidade de um meio de transporte compatível para expandir a sua produção, levou a indústria a produzir em larga escala.

Como social, a ferrovia foi largamente utilizada no transporte de passageiros de longas e médias distâncias, existindo carros diferenciados para a elite. Assim, consistia este tipo de transporte até meados do século XX, o mais importante e difundido no meio dos países capitalistas. A relevância é considerada até hoje, especialmente na Europa, na América destacando-se os Estados Unidos.

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