A história deste local remota ao Siará Grande, e paginando bolorentos papeis no Arquivo Público do Estado Ceará, resgatamos que era um local habitado por índios, e que de lá a partir de 1836, quando os mesmos já não existiam, começou o processo de aberturas de artérias transformando-se em carroçáveis estradas para o interior da então Provincia. Existia uma ligação neste espaço até a outro campo no sentido Oeste (Praça Paula Pessoa), que foi atribuída aos indígenas. A via de acesso é a hoje Rua Meton de Alencar.
Até 1827, Fortaleza não tinha noção do que fosse abastecimento de água. O comerciante Abel Pinto vendia águas em carroças com entrega em domicílio, retiradas de fontes das nascentes localizada na Rua dos Quartéis (General Bizerril), defronte a Igreja da Sé.
Com autorização da Câmara Municipal de Fortaleza, foram iniciados estudos do projeto de Abastecimento pelo Engenheiro Berthot em 1861. Um ano após foi concedido privilégio ao José Paulino Hoonholtz, a fim de fazer o encanamento de seu sítio no Benfica, para espalhar a rede hidráulica pela cidade. Apesar de em 27 de maio de 1863, ter sido celebrado o contrato, e o início das obras verificado na tarde de 27 de março de 1867, as Caixas de água da Praça da Bandeira, atual Praça Clóvis Bevilacqua, só foram concluídos no ano de 1924 e inauguradas em 1927, pela The Ceará North Brazil Company Limited.
O logradouro inicialmente já havia foi denominado de Visconde Pelotas por volta de 1870, em homenagem ao herói da guerra do Paraguai, Marechal José Antônio Correia da Câmara. Em 1926 teve o nome mudado para Praça do Encanamento em razão das Caixas D’água.
Em 1937 passou à Praça da Bandeira e finalmente o Prefeito Cordeiro Neto, atendendo aos reclames aos 10 de julho de 1959, decretou que o logradouro se chamasse Clovis Beviláqua, grande jurista brasileiro, e tendo em vista a Praça sediar a Faculdade de Direito da UFC.
A popular Praça da Bandeira, tinha uma formosura excepcional, aformoseamento invejável. Famílias que moravam no Benfica vinham em procissão desfrutar da beleza que era a Praça, tal qual o Passeio Público.
Foi aí que homenagearam o contraditório. Assim como destruíram a Praça do Ferreira(1968), aconteceu também com a Praça da Bandeira (1969), quando a mesma começou a ser uma caixa d’água subterrânea.
Mataram o local. Existiam possibilidades para construírem reservatórios em outros locais, mas retirar o povo de sua zona de conforto parecia ser melhor. O nome deste prefeito insensível que destruiu s duas praças, o fortalezense tem que engolir, pois é nome de Bairro.
Eita Fortaleza sem rosto !!!!!!
Nota: A Praça das Caixas d’água foi privilegiada por receber a segunda emissora de Rádio do Ceará: “Rádio Educadora Cearense”, que ficava na esquina das Ruas Meton de Alencar com General Sampaio. O locutor chefe era o pernambucano Pierre Luz, que hoje é nome de rua em Fortaleza.