Themístocles de Castro e Silva, nasceu em Canindé em 23 de abril de 1929. Como ele mesmo disse ao autor destas linhas, em certa ocasião na Praça do Ferreira: “Sou de Caucaia pois, meus pais me levaram com dois anos de idade para lá”.
Themístocles era um multifacetado, e sua vida era dividida com jornalismo, advocacia, política e a música, a qual era um profundo conhecedor da MPB, quando o rádio vivia seus anos de ouro. Ainda cheguei a visitar sua discoteca que ele mantinha com muito carinho em seu sítio, no Bairro das Capoeiras em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza.
Aos 14 anos ele começou a escrever para o Jornal O Estado e, no periódico Gazeta de Notícias. Com a tenacidade que lhe era própria, passou a repórter dos Diários e Emissoras associados, quando a Capital do Brasil ainda era no Rio de Janeiro.
Já com a bagagem que havia galvanizado, concluiu seu Curso de Direito e fazia jornalismo no grupo do Assis Chateaubriand. Passando a produzir e apresentar pela Ceará Rádio Clube Pre9 o Programa Quando a Saudade Apertar, ele gostava de comentar a letra das músicas. Era tudo com disco de 78 rpm (discos de cera).
Ingressou na vida pública, como secretário da Casa Civil no Governo Parsifal Barroso e também foi Chefe da Sunab.
Na carreira política, assumiu como suplente de Deputado Estadual em 1961 e 1962. Como titular na Assembleia Legislativa tirou mais dois mandatos: de 1963 a 1967 e de 1967 a 1971. Em 1970 concorreu à Câmara Federal, mas só assumiu em 1973 como suplente. Themístocles havia sido segundo vice-presidente da Assembleia Legislativa, na época presidida por Mauro Benevides, em 1963.
O jornalista foi colaborador do Grupo de Comunicação O POVO durante muitos anos. Assinava artigos, sempre abordando temas e assumindo posições de direita. Na AM 1010 tinha O programa Quando a Saudade Apertar, era na página do programa noturno apresentado por Nonato Albuquerque.
Themístocles já sem mandato eletivo, era do Setor Jurídico do IPEC, mas brilhava ao meio dia no programa Debates do Povo, que era o último quadro do Programa Luís Barbosa. Ao lado dos também jornalistas Adísia Sá, Dorian Sampaio, Pedro Henrique Antero e Fávila Ribeiro, Themístocles transformou-se em ícone do programa, sob a mediação de Carlos Neves D’alge. Depois o Programa Debates do Povo obteve uma nova roupagem, mas já sob o comando do competentíssimo Jornalista Nazareno Albuquerque.
As declarações de Themístocles de Castro e Silva
► “O Gonzaga Mota, totó vai trair os Coronéis que o ajudaram a se eleger”;1984
► “A Constituição dando muita prerrogativa ao Congresso Nacional, o Brasil vai ser desarmônico em seus poderes”; 1988
► “O Lula ia ser o homem mais odiado do Brasil”; 2002
► “A futura crise institucional, ia levar o Brasil para as mãos dos militares novamente”; 2002
► “Senhor Ciro Gomes quando disse que, quem votasse em Lula ia ver o atraso do Brasil, e foi ser Ministro dele, um dia ele vai ser um EX de tudo”2002.
Então será quase dez anos de sua morte, não é o que estamos vendo, e alguns fatos revendo pela história?
Como Themístocles sempre foi ligado ao Coronel Adauto Bezerra, escreveu os Livros sobre os irmãos gêmeos Humberto e Adauto Bezerra em 2001, mas que já havia lançado o livro “Antes e Depois de 31 de Março” em 1971.
Faleceu em Fortaleza na madrugada de uma terça-feira em 15 de novembro de 2011, aos 82 anos, vítima de uma parada cardíaca, ocasionada por queda da altura do próprio corpo.
Sem cortejo, seu corpo foi levado para o cemitério Jardim Metropolitano. Lá, foi cremado, em cerimônia familiar a pedido dele.
Foi casado com a farmacêutica Maria Eunice Ferreira de Castro e pai de Flávia e Cláudia de Castro.