Assis Lima
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CAMOCIM INICIO DE UM GRANDE CAMINHO

                             CAMOCIM INICIO DE UM GRANDE CAMINHO

 O ancoradouro, denominado pelos nativos de Camocim, constou do levantamento cartográfico com o nome de Rio da Cruz ou foz do rio Coreaú, no percurso extensivo ao atual Município de Granja.

Pero Coelho de Souza aos 19 de outubro de 1604 aportou no Ancoradouro do Rio da Cruz, sendo essas as primeiras referências que datam, quando cartograficamente identificou-se a nomenclatura costeira, a começar de Tutóia no Maranhão aos limites finais entre Ceará e Rio Grande do Norte, quando Pero partiu no dia seguinte rumo a Ibiapaba.

Em 1656, esteve em visita o Padre Antônio Vieira à Ibiapaba, e o Governador do Maranhão autorizou a construção de Forte em Camocim, na suposição de que os Índios Tabajaras não recebessem pacificamente o ilustre visitante. O Forte não passou de simples projeto.

O novo aldeamento do Rio Cruz, instalado no extremo-sul da foz do Coreaú, se presume tenha sido no final da extensão Granja – Camocim, pois, no começo do Século XVII, o padre Ascenço Gago havia instalado várias tribos, retiradas da Missão da Tabainha, na foz do rio. A povoação dominada por índios Tremembés sofria assédios, por embarcações em tráfego querendo pousada. Assim nasceu Camocim que tem na Toponímia a seguinte tradução indígena: “Comucim = Buraco para enterrar mortos”. Nascida no berço de Granja, Camocim que já tinha sido “Povoado Rio da Cruz”, foi elevada à categoria de Vila por força da lei nº. 1.786 de 23 de dezembro de 1778, com o nome de Barra do Camocim, cuja instalação se deu em 8 de janeiro de 1783.

Foram os estudos da Construção da Estrada de Ferro de Sobral em 1878 que motivou o desmembramento de Camocim da jurisdição de Granja, por conta da lei nº. 1.849 de 29 de setembro de 1879. A primitiva capela, dedicada ao Bom Jesus dos Navegantes, teve início de obras em 1880, obedecendo a planta e orientação do engenheiro José Privat, responsável pela construção da Ferrovia Camocim – Sobral.

Com a EFS em pleno funcionamento com cargas e transporte de passageiros, numa perfeita conexão com a próspera cidade de Sobral desde 1882, o Presidente da Província cearense Henrique Francisco D’ávila, após a visita Ilustre do Conde D’eu (esposo da Princesa Isabel) e que esteve em Camocim, autorizou segundo a lei nº. 2.162, a que aos 17 de agosto de 1889 Camocim se transformasse em Município.

Camocim que, teve todo o seu atrativo econômico concomitante com Aracati, tinha portos melhores do que Fortaleza.

Camocim, bem como os municípios vizinhos em direção à Sobral, e que eram servidos por ferrovia, foram bruscamente interrompidos com a erradicação de seu trem.

Mas o que é bonito deve ser conservado e, Camocim com a ilha do amor, e suas belas praias sobrevive tanto do turismo histórico e ecológico, bem como da indústria e comércio. Lá é a terra de Euclides Pinto Martins e de tantos ilustres.

Visitando Camocim conheceremos muitas histórias, e a do trem nem falar, pois, o racional torna-se emotivo.

 

 

 

 

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