QUEM FOI PADRE ANDRADE

 

 

 

Francisco Juvêncio de Andrade Filho, nasceu em Sobral em 5 de março de 1922. Filho de Francisco Juvêncio de Andrade e de Ana Rodrigues de Andrade.

Andrade fora ordenado Sacerdote Lazarista aos 7 de setembro de 1947. O padre foi o reponsável por uma capela que atendia aos fiéis católicos da Comunidade denominada “Cachoeirinha”.

Referido sacerdote faleceu jovem, com apenas 28 anos de idade, devido acidente fatal ocorrido no açude Betsaida, Município de Forquilha vizinho ao de Sobral, sua terra natal.

Por seus relevantes serviços em Cachoeirinha e Seminário da Floresta e ao bem querer dos Fortalezenses, a Câmra de Fortaleza decretou e o Prefeito Paulo Cabral de Araujo sancionou a lei nº 321 de 16/05/1951 e assim o Bairro Cachoeirinha na data do DOM, denominou-se “Padre Andrade”.

JOÃO FELIPE PEREIRA E O CONTEXTO HISTÓRICO

João Felipe – 1893

Intróito

# As Companhias Ferroviária do Nordeste (hoje Transnordestina) e, a de Trens Metropolitanos – Metrô de Fortaleza são empresas oriundas de uma só organização: Rede Ferroviária Federal S/A-RFFSA, que já se denominou Rede de Viação cearense – RVC e que originalmente em 1870 surgiu com a nomenclatura: Companhia Cearense da Via Férrea de Baturité S/A (Estrada de Ferro de Baturité).

Quando o Brasil se tornou República (1889), o Governo da União fez a necessária reforma na máquina pública, para que as províncias passassem a funcionar como Estado Federativo. Assim o Governo cortou muitos recursos no orçamento das pastas ministeriais, e o Ministério da Viação que era embutido no de Obras Públicas e atrelado ao da Agricultura, sofreu esse efeito.

As ferrovias começaram a mergulhar em déficits. No Ceará com a queda do império, os que iam chegando ao poder encontraram dificuldades na missão de reorganizar a Terra da Luz, nos postulados da República. Havia uma divisão de grupos com correntes opostas. Os civis que exigiam de imediato, uma Assembleia Nacional Constituinte optando pela figura do primeiro ministro (Sistema parlamentarista) e, por outro lado havia os militares que reivindicavam uma ditadura e a substituição das juntas governativas estaduais, por governadores.

O beato Antonio Conselheiro, protagonista de Canudos, estava em choque com setores conservadores da igreja, e isto tornava repugnante a separação entre a Igreja e o Estado, o Casamento Civil, a Liberdade de Culto e outras medidas do novo governo que, apareciam como sacrilégio a ser combatido, o que gerou conflito direto com a nova ordem do País.

Fortaleza apresentava população de 50 mil habitantes e já contava com equipamentos e serviços que já condizia com o urbanismo de uma cidade qualificada à médio porte, a exemplo do bonde de tração animal, iluminação à gás carbônico, fábricas têxteis, ruas do centro com calçamento e as redes telegráfica e telefônica, sendo gestor municipal o Capitão Teófilo Gaspar de Oliveira. #

Foi neste contexto que ingressou no quadro de funcionários da Via Férrea Cearense, João Felipe Pereira, engenheiro civil formado na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, porém cearense de Tauá, nascido aos 23 de março de 1861. Como encarregado do setor de obras da EFB, em 1890 juntamente com os também engenheiros Julius Pinkas e Carlos Morsing teve participação significativa na construção e prolongamento da Estrada de Ferro de Baturité, no trecho Baturité – Quixadá.

Não era fácil fazer traçado naquela época, afinal a engenharia ainda não tinha ao dispor, silhuetas por foto aérea. Eram coisas complexas fazer desapropriações em terrenos que, tiveram de ser ocupados pelo leito de prolongamento de trilhos e suas dependências, bem como indenizar proprietários das benfeitorias existentes.

Todo cearense de pé na estrada, conhece a bonita ponte metálica na cidade de Quixeramobim, porém, muitos desconhecem o trabalho que houve do recebimento das estruturas no trapiche do Poço das Dragas (primitivo Porto de Fortaleza), limite das Praias Formosa e a do Peixe (Iracema). Foi o professor João Felipe quem esteve no porto e acompanhou desde o descarregamento do vapor, da partida do trem sob à tração da Locomotiva Amarílio, da circulação das gôndolas de sertão adentro, até que os duzentos metros de estrutura metálica para serem divididas em quatro vãos, chegassem às margens do rio Quixeramobim, no município de mesmo nome.

Em fevereiro de 1893, João Felipe se desligou da EFB e foi assumir à convite, o Ministério das Relações Exteriores no governo Floriano Peixoto. O País estava em crise, pois havia estourada a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, quase ao mesmo tempo com a revolta Armada (Marinha) que, era controlada por partidários da extinta monarquia. A dupla rebelião foi esmagada pelo presidente da República (Marechal de ferro) que o contou com a confiança do seu recém-nomeado Ministro João Felipe Pereira, no caso de crises diplomáticas.  Depois assumiria a pasta da Industria, Viação e Obras públicas.

 Em 1897 devido a sua significativa intervenção junto ao Ministério da Indústria Viação e Obras Publicas já na pessoa do Ministro Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda (Sebastião Lacerda), JF conseguiu recursos o que permitiu livrar a Via Férrea do Ceará de um iminente colapso, viabilizando assim transferir em 1898, a abalada Estrada de Ferro de Baturité para a iniciativa privada, em regime de arrendamento.

Pois bem, o terminal ferroviário de Fortaleza desde sua inauguração aos 30 de novembro de 1873, sempre fora chamada de Estação central até que, o Decreto Lei n° 3.599 de 6 de setembro de 1941 assinado pelo Presidente Getúlio Vargas, mandou que a mesma se denominasse “Estação Fortaleza”. Com a saída de Vargas em 1945, e como o Brasil estava sob a ditadura do “Estado Novo”, assumiu a presidência da República, o presidente do Supremo Tribunal Federal, o cearense de Baturité, Dr. José Linhares. Aí com um novo DL sob o nº. 8.836 de 26 de janeiro de 1946, o Chefe da Nação atendeu a uma reivindicação do Dr. Hugo Rocha (Grande diretor da RVC) e a Estação Fortaleza, passou ao nome de Estação Professor João Felipe.

Essa foi uma das mais belas homenagens, afinal, o engº João Felipe em Fortaleza foi o autor do projeto de abastecimento de água em Fortaleza, depois de Ministro de Estado, presidiu no Rio de Janeiro o Clube de Engenharia; dirigiu a Repartição dos Telégrafos, além de assumir a Prefeitura.

Faleceu em 15 de maio de 1950.

Este é um dia não lembrado, assim como os comandantes da Ferrovia Cearense nunca lembraram o nome de Hugo Rocha a quem a Via Férrea deve tanto, pois para quem conhece a história da ferrovia cearense, deve deixar consignado como imperativo de justiça a gratidão de ter Hugo Rocha como patrono de uma estação.

Hoje com a implantação do Metrô de Fortaleza, os nomes “Otávio Bonfim” e “João Felipe” foram para o esquecimento, bem como o do Mestre Manuel Pinheiro e do dedicado maquinista Severiano Celestino que nunca será lembrado. Ficam na ternura da família.

Ponte de Quixeramobim Montada Sob a Supervisão de João Felipe

Álbum do Mister Francis Reginald Hull – 1911

 

FRANCISCO SÁ O SENADOR PITOMBEIRAS

Nasceu na fazenda Brejo de Santo André, Município de Grão-Mogol, no Estado de Minas Gerais, 14 de setembro de 1862. Filho de Francisco José de Sá Filho, agropecuarista de grande influência na região norte mineira, e Augustina Machado dos Santos Sá,

Francisco Sá fez seus primeiros estudos no Seminário Episcopal de Diamantina, seguindo para o Rio de Janeiro, onde iniciou o curso de engenharia na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, tendo concluído na Escola de Minas de Ouro Preto, em 1884.

Formado, assumiu o cargo de secretário do presidente de província do Ceará, por carta imperial de 24 de maio de 1884 assinada por Carlos Honório Benedito Otoni.

Em 1885 fora nomeado engenheiro fiscal da Estrada de Ferro Baturité, que apesar das construções estarem paradas, muito auxiliou Ernesto Lassanse no setor de tráfego.

Devido sua influência e vivência na sociedade política, conheceu Olga Acióli, filha do comendador Antônio Pinto Nogueira Acióli, com quem casou.

No governo do estado de Minas Gerais, foi inspetor de terras e colonização, na gestão de Afonso Augusto Moreira Pena. Foi nomeado ministro da de Viação e Obras Públicas na presidência de Nilo Procópio Peçanha (1909-1910

À frente do ministério destacou-se pela criação da Inspetoria de Obras Contra as Secas (1909), que passou a coordenar as ações destinadas a prevenir e atenuar os efeitos da seca, antes distribuídas dispersamente dentro do ministério, que seria responsável pela construção de açudes, poços, canais de irrigação e barragens.

Ainda em sua gestão foi criada a primeira Comissão Federal de Saneamento da Baixada Fluminense (1909), além de implementar a expansão da malha ferroviária nacional, com a Rede Sul Mineira (1910); a Rede de Viação Cearense (1909), criada para administrar as empresas Estrada de Ferro de Baturité e Estrada de Ferro de Sobral; e Viação Férrea Federal da Bahia (1909).

Já senador, foi convidado para reassumir o Ministério da Viação e Obras Públicas na presidência do mineiro Artur da Silva Bernardes, Teve suspenso seu mandato e afastou-se da política em 1930, com o golpe militar liderado por Getúlio Vargas, que depôs o presidente Washington Luís e fechou a Câmara dos Deputados e o Senado.

Morreu no Rio de Janeiro, em 23 de abril de 1936.

 

O THEMÍSTOCLES DE CASTRO TINHA RAZÃO

 

 

Themístocles de Castro e Silva, nasceu em Canindé em 23 de abril de 1929. Como ele mesmo disse ao autor destas linhas, em certa ocasião na Praça do Ferreira: “Sou de Caucaia pois, meus pais me levaram com dois anos de idade para lá”.

Themístocles era um multifacetado, e sua vida era dividida com jornalismo, advocacia, política e a música, a qual era um profundo conhecedor da MPB, quando o rádio vivia seus anos de ouro. Ainda cheguei a visitar sua discoteca que ele mantinha com muito carinho em seu sítio, no Bairro das Capoeiras em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza.

Aos 14 anos ele começou a escrever para o Jornal O Estado e, no periódico Gazeta de Notícias. Com a tenacidade que lhe era própria, passou a repórter dos Diários e Emissoras associados, quando a Capital do Brasil ainda era no Rio de Janeiro.

  Já com a bagagem que havia galvanizado, concluiu seu Curso de Direito e fazia jornalismo no grupo do Assis Chateaubriand. Passando a produzir e apresentar pela Ceará Rádio Clube Pre9 o Programa Quando a Saudade Apertar, ele gostava de comentar a letra das músicas. Era tudo com disco de 78 rpm (discos de cera).

Ingressou na vida pública, como secretário da Casa Civil no Governo Parsifal Barroso e também foi Chefe da Sunab.

 

Na carreira política, assumiu como suplente de Deputado Estadual em 1961 e 1962. Como titular na Assembleia Legislativa tirou mais dois mandatos: de 1963 a 1967 e de 1967 a 1971. Em 1970 concorreu à Câmara Federal, mas só assumiu em 1973 como suplente. Themístocles havia sido segundo vice-presidente da Assembleia Legislativa, na época presidida por Mauro Benevides, em 1963.

O jornalista foi colaborador do Grupo de Comunicação O POVO durante muitos anos. Assinava artigos, sempre abordando temas e assumindo posições de direita. Na AM 1010 tinha O programa Quando a Saudade Apertar, era na página do programa noturno apresentado por Nonato Albuquerque.

Themístocles já sem mandato eletivo, era do Setor Jurídico do IPEC, mas brilhava ao meio dia no programa Debates do Povo, que era o último quadro do Programa Luís Barbosa. Ao lado dos também jornalistas Adísia Sá, Dorian Sampaio, Pedro Henrique Antero e Fávila Ribeiro, Themístocles transformou-se em ícone do programa, sob a mediação de Carlos Neves D’alge. Depois o Programa Debates do Povo obteve uma nova roupagem, mas já sob o comando do competentíssimo Jornalista Nazareno Albuquerque.

 

As declarações de Themístocles de Castro e Silva

► “O Gonzaga Mota, totó vai trair os Coronéis que o ajudaram a se eleger”;1984

► “A Constituição dando muita prerrogativa ao Congresso Nacional, o Brasil vai ser desarmônico em seus poderes”; 1988

► “O Lula ia ser o homem mais odiado do Brasil”; 2002

► “A futura crise institucional, ia levar o Brasil para as mãos dos militares novamente”; 2002

“Senhor Ciro Gomes quando disse que, quem votasse em Lula ia ver o atraso do Brasil, e foi ser Ministro dele, um dia ele vai ser um EX de tudo”2002.

Então será quase dez anos de sua morte, não é o que estamos vendo, e alguns fatos revendo pela história?

 Como Themístocles sempre foi ligado ao Coronel Adauto Bezerra, escreveu os Livros sobre os irmãos gêmeos Humberto e Adauto Bezerra em 2001, mas que já havia lançado o livro “Antes e Depois de 31 de Março” em 1971.

Faleceu em Fortaleza na madrugada de uma terça-feira em 15 de novembro de 2011, aos 82 anos, vítima de uma parada cardíaca, ocasionada por queda da altura do próprio corpo.

Sem cortejo, seu corpo foi levado para o cemitério Jardim Metropolitano. Lá, foi cremado, em cerimônia familiar a pedido dele.

Foi casado com a farmacêutica Maria Eunice Ferreira de Castro e pai de Flávia e Cláudia de Castro.

 

EUCLIDES PINTO MARTINS NOSSO HERÓI DO AR

 

Euclides Pinto Martins nasceu em Camocim – CE aos 15 de abril de 1892. Filho de Antônio Pinto Martins, natural de Mossoró – RN, e de Maria Araújo do Carmo Martins.

Em 1903, já com 11 anos, Pinto Martins foi com os pais morar em Mossoró e foi estudar no Atheneu Norte Rio Grandense e, paralelamente, ingressou num curso noturno de náutica.

Quatro anos mais tarde, (1907), embarcou no navio “Maranhão” saindo no ano seguinte, para ser segundo piloto do navio “Pará”. Infelizmente, um acidente de bordo interrompeu esta rápida carreira naval e, Euclides, com problemas na carótida, desembarcou em Natal sendo aconselhado pelos médicos a abandonar a carreira.

No início de 1909, seu pai mandou-o para os EUA com US$300,00 e uma recomendação para que uma empresa de amigos lhe repassasse uma certa quantia mensal para sua manutenção.

Euclides não perdera tempo, matriculou-se no “Drexell Institute” na Filadélfia onde, três anos depois se formaria em Engenharia Mecânica. Além de estudar, Pinto Martins trabalhava como estagiário na “The Baldwin Locomotive Work” , fabricante de locomotivas. Ali, o jovem aprendeu a falar inglês rapidamente e se inseriu na sociedade local, onde conquistou a Srta. Gertrudes Mc Mullan. Com quem casou.

Pinto Martins nas Águas do Jaguaribe – Aracati.

Nosso herói regressou ao Brasil logo após a formatura, (1911) desembarcou do navio “Booth Line”, em Fortaleza. Convidado por seu pai, viajou para Natal, onde passou a trabalhar como engenheiro na “Inspetoria Federal de Obras Contra a Seca” e na Estrada de Ferro.

A vida de Euclides Pinto Martins foi marcada por constantes viagens e mudanças. Em 1918, faleceu sua jovem mulher e Euclides, muito sentido, por a perda quatro anos antes de uma filha, retornou aos EUA.

Apesar da dor da perda, acalentava no peito o desejo de uma grande aventura entre o Brasil e EUA.

Em seu retorno à América do Norte procurou parcerias e acabou se associando a Ladislau do Rego, que juntos, compraram um navio com a ideia de criar, no Brasil, uma companhia de navegação de cabotagem. Lamentavelmente, o negócio não deu certo, pois o navio naufragou.

Euclides não esmoreceu, casou-se novamente com uma americana Adelaide Sulivan. Adelaide era advogada e doze anos mais velha que ele, e novo casamento nasceu em 1920 Adelaide Lillian.

Euclides Pinto Martins não se conformou apenas com a navegação marítima. Colocou seu foco na aviação que se desenvolvia de forma espetacular por causa da guerra. Como parte desta idéia, entrou num curso de aviação e conseguiu o “brevet” de piloto em 1921.

Com sua entrada no meio aeronáutico, conheceu um veterano na área: Walter Hilton, instrutor de vôo na Flórida. Com este novo amigo e a afinidade de ideias, Euclides resolveu confidenciar a respeito de um velho sonho: Atravessar o Atlântico numa viagem de avião Nova Iorque-Rio de Janeiro desbravando assim, essa rota aérea.

A ideia encontrou eco na mente de seu colega e, juntos, começaram a trabalhar. Lutaram com força de vontade e, finalmente, conseguiram um banqueiro: Andrew Smith Jr. que asseguraria verbas para o atrevido projeto.  Assim, contrataram da Fábrica Curtis  um hidroavião biplano com 28 metros de envergadura e dois motores “liberty” de 400 hp, cada.  A máquina voadora pesava oito mil quilos! Depois do avião pronto decidiram batizá-lo de “Sampaio Corrêa” em homenagem ao Senador e Presidente do Aeroclube do Rio de Janeiro.

Euclides Pinto Martins 

Tudo pronto, avião novinho em folha! A tripulação: Piloto Walter Hinton, co-piloto –  Euclides Pinto Martins, mecânico de bordo – Jonh Edward Wilshusen da Fábrica Curtiss e para retratar a travessia George Thomas Bye, jornalista do “New York Word” e o cinegrafista John Thomas Baltzel da Pathé News. O hidroavião com sua equipe deveria decolar no dia 16/08/1922, mas ao colocá-lo no Rio Hudson, houve uma pequena avaria na asa esquerda, adiando então sua partida.

Por fim, no dia 17 de agosto de 1922, decolou do estuário do Hudson o majestoso “Sampaio Corrêa”, aplaudidos por milhares de pessoas!

A meteorologia que iniciava seus estudos, previa riscos de tempestades mas a equipe, afoita, não se importou e decolou sumindo no horizonte, assistidos das margens do Rio Hudson entre as ilhas de Manhatam e New Jersey. Vamos ver o depoimento da “Revista Semana” do Rio de Janeiro, sobre a decolagem:

 

A Doca do North River, diante da Rua 86, parecia mais um formigueiro humano. Mais de um milhão de pessoas havia se aglomerado de encontro ao cais com os olhos fixos no grande pássaro mecânico. O hidroavião Sampaio Corrêa, pintado de novo, ostentava nos flancos as bandeiras   consteladas    das   duas   grandes repúblicas irmãs. Às 15:00 horas contadas uma  por uma nos relógios da cidade, os possantes motores começaram a roncar  soturnamente. Com quatro ou cinco manobras hábeis o aparelho movia-se, evoluía entre embarcações apinhadas de gente, procurando a parte mais ampla e livre do rio. Houve então  um prodígio. Erguendo-se daquele milhão de almas em desatino, dez talvez cem milhões de vivas atroaram os ares. Concentraram-se neles, durante largo tempo, todos os rumores da metrópole tumultuosa e fervilhante. Nova Iorque que palpitou naquele brado, partido daquelas bocas de todas as idades, de todos os feitios, de todas as condições.

Dir-se-ia que era a boca da cidade que gritava”.    

Autoridades erguendo erma homenageando o ilustre filho da terra.

A verdade é que, apesar de saberem estar na época de grandes temporais, nossos afoitos aventureiros, se atreveram a iniciar a viagem. Neste mesmo dia, 17 de agosto, o avião foi obrigado a pousar em Nanten, por causa de um forte temporal. Pernoitaram ali, e decolaram de manhã com destino a Southport, onde chegaram dia 19/08.   Prosseguiram viagem e dia 20 chegaram em Charlston, sem dificuldades.

Reiniciaram a viagem e tiveram que pousar em West Palm Beach devido a outro temporal. Partiram dia 21 às 11:00 horas e aterrissaram em Nassau, onde pernoitaram, seguindo de manhã com destino a Porto Príncipe no  Haiti. Neste trecho foram surpreendidos por forte borrasca, perderam altitude e caíram no mar por volta das 20:00 horas, ao leste da ilha de Cuba, além do Cabo Maisi.

As coisas nesta noite ficaram pretas! Nossos aventureiros estavam em pleno Atlântico, escuridão total, riscos de tubarões e afogamento. Felizmente, não ficaram feridos na queda. O “Sampaio Corrêa” ainda flutuava e eles localizaram as pistolas sinalizadoras, encontradas com dificuldades no escuro.

Assim os fogos de artifícios iluminaram os céus do oceano, naquela noite, num desesperado pedido de socorro! Lamentavelmente, estes sinais não foram vistos…  A situação tendia a complicar, pois no avião entrava água por buracos feitos pela colisão com o mar. Foi neste clima de preocupação, que Pinto Martins com seus bons conhecimentos de náutica, lembrou-se que tinham uma lanterna grande, a qual achou numa parte do avião, ainda seca.

O jovem intrépido subiu no nariz da nave naufragando e passou a  fazer sinais luminosos de socorro. Não demorou muito, pois perto dali, a Canhoneira da Marinha Americana “Denver”, viu os sinais luminosos e apitou, seguindo em socorro dos náufragos. Foram feitas tentativas, em vão, de rebocar o “Sampaio Corrêa” que acabou indo para o fundo do mar sob os olhares tristes de nossos aventureiros…

O próprio Pinto Martins deu a seguinte declaração ao Jornal do Brasil:  “…sendo piores possíveis as condições atmosféricas, os aparelhos de altitude perderam a precisão. Reinava forte cerração e quando acreditávamos estar muito acima do nível das águas, nela batemos com violência. Com a força do choque o aparelho furou e foi invadido pela água...”   

Avião perdido. Os náufragos foram levados para a Base Naval de Guantânamo, em Cuba.

Pinto Martins e seus amigos não enfraqueceram, continuaram com a ideia de provar que uma rota aérea ligando as Américas (norte e sul) era viável. Assim, acabaram conseguindo que o Jornal” The New York Word” lhes dessem um outro avião para continuação da viagem. Viajaram para Flórida, Escola Naval de Pensacola, onde outro avião adquirido pelo Jornal os esperava. Era um hidroavião com seis anos de uso, que pertencera a Base. Graças a esta doação, em 04 de Setembro do mesmo ano, em São Petersburgo, na Flórida receberam a nave e batizaram-na de Sampaio Corrêa II.

Nossos aventureiros continuavam afoitos e logo decolaram da Flórida, pousando em Porto Príncipe no Haiti em 07/09. Ali, com problemas no sistema de refrigeração do avião ficaram 30 dias parados, até que peças de reposição chegassem de navio dos EUA.

Aos sete dias do mês de outubro, decolam novamente com destino a São Domingos, República Dominicana, onde pernoitam, seguindo para Porto Rico. Continuaram a viagem, chegando em Guadalupe e partiram para Martinica onde pousaram em 12 de outubro.

Avião no ar novamente, com muitas dificuldades causadas por chuvas, chegam em Port Spain, Trindad e Tobago, dia 15 de outubro. Ali, perderam mais 30 dias com troca de hélices e outros consertos. Em 21 de novembro, decolam para Georgetown na Guiana Inglesa, dali para Paramaribo, Guiana Holandesa, Caiena, Guiana Francesa e, finalmente em 1º de Dezembro, pousam no Brasil, Estado do Pará, no Rio Cunani, ao norte da foz do Rio Amazonas.

Os rapazes ávidos por aventuras e estas não faltavam, prosseguem para a Ilha de Maracá, Belém, e Bragança onde obrigados por um temporal pousam no Rio Caeté. Passaram três dias em Bragança seguido viagem para São Luís. Às 12:00 horas do dia 14 de Dezembro, o Sampaio Correia desce na Baia de São Marcos desembarcando na ilha de São Luis, no Maranhão, dia 14, onde ficaram até dia 19.

Finalmente, quatro horas e meia depois da decolagem, (dia 19 de Dezembro) pousam em Camocim, terra natal de Pinto Martins. Depois das muitas já conhecidas homenagens, partem no dia seguinte para Aracati, sem pousar em Fortaleza por dificuldades de amerissagem nas águas agitadas da enseada do Mucuripe.

Pernoitaram em Aracati e voaram para Natal onde dormiram um sono reparador. Logo bem cedinho, decolavam em direção ao sul. Mal viajaram 50 milhas quando o motor de bombordo apresentou um problema. Estavam sobrevoando ainda o território Potiguar, perto de Conguaretama, Bahia Formosa, e uma grave pane no motor esquerdo que forçou-os a amerissar na citada Baía. Analisado o motor descobriram que algumas engrenagens estavam irremediavelmente danificadas e tinham que ser substituídas. Só conseguiram o conserto das peças em Pernambuco, mais exatamente em Recife. Pinto Martins, que havia viajado para resolver o problema   retornou, dias depois, com as peças para reparar o motor.

Foi com muita dificuldades que decolaram de Bahia Formosa, rumo a Recife. Nova pane os forçou descer em Cabedelo, sendo que desta vez a coisa era bem pior.  A viagem quase terminou por ali, não fosse o Comandante da Aviação Naval, Capitão de Mar e Guerra, Protógenes Guimarães que, vendo a situação desesperadora dos viajantes com o motor irrecuperavelmente danificado, doou-lhes um novo! Esta simpática doação possibilitou a continuação da viagem.

O futuro mostraria que este Comandante teria pela frente uma bela carreira e chegaria a ser Ministro da Marinha.

Trocado o malfadado motor, eles decolam de Cabedelo e pousam no Recife. Ali, como em todos os lugares que pararam, foram muito bem recebidos, com festas, visita ao Governador enfim, todas as honrarias de heróis. Euclides, em Recife, teve a alegria de abraçar seu pai e suas duas irmãs, Abgail e Carmen. Daí para frente, a viagem seria tranqüila pois estavam no nordeste e a possibilidade de mal tempo era mínima.

Ficaram em Recife por 3 dias e seguiram viagem às 11:00 horas  rumo a Alagoas, pousando em Maceió onde permaneceram até o dia seguinte. Dali até Salvador, após as festas costumeiras, foram apenas 3 horas e 50 minutos. Na capital baiana, as festas e homenagens foram muitas. Autoridades diversas, inclusive o Cônsul Americano que prestigiou  as cerimônias de saudações aos conquistadores da travessia!

Partiram no final da semana, 04 de fevereiro, às 12:55 pousando em Porto Seguro às 16:30h. Após reabastecer o avião e tendo tido uma noite tranquila, partem de manhã, 8:50h para Vitória no Espírito Santo. Eram 12 horas e 12 minutos quando tem inícios as festividades de  recepção aos “viajores” do ar!

A Chegada

Faltava pouco para a chegada ao Rio de Janeiro e era necessário programar pois, uma esquadrilha da Aviação Naval, planejava escolta-los ao local da chegada!! Autoridades estariam presentes, afinal seria a grande conquista de uma rota que viria a ser explorada, no porvir, por grandes empresas de aviação mundial!!

Partiram, ansiosos, às 12:30 h., com destino a Cabo Frio e depois Rio de Janeiro! Aterrissaram em Cabo Frio às 15:15 horas em 7 de fevereiro de 1923 onde pernoitaram. Às 10:35 h. decolaram voando sobre Araruama, Saquarema, Maricá e demais localidades costeiras fluminenses.

Finalmente, às 11:32 h de 8 de fevereiro de 1923  o avião é avistado sobrevoando a  Baía da Guanabara! Ao pousar foram recebidos na lancha “Independência” do Ministério da Marinha onde o primeiro a ser abraçado pelo Senador Sampaio Correia foi Pinto Martins seguido por Hilton, o piloto, George Thomas, o jornalista e por fim o cinegrafista, John Thomas que, afinal, filmava o evento!!

Vários dias de festas e glórias aconteceram no Rio de Janeiro.

Tombou das Alturas

Sua Morte

Apesar de tantas glórias, Euclides Pinto Martins teve muitas dificuldades consequentes de suas aventuras. Dívidas adquiridas precisavam ser pagas. Após o “Raid”, a fama e a glória, ele sentia o peso de ser um homem comum e com pouco dinheiro. Sua mulher se recusava a morar no Brasil e entrara com a ação e divórcio. Estava sendo pressionado para pagar o dinheiro emprestado para financiar o evento (U$19.000). Foi neste clima que, tristemente, encontraram Pinto Martins morto em seu quarto com um tiro na cabeça vitimado talvez por uma crise de depressão. Era o dia 12 de abril de 1924, pouco mais de um ano depois de tão glorioso feito.

Nada mais se sabe a respeito de sua morte dada oficialmente como suicídio. Em profundo respeito a este grande conquistador nos limitaremos a reproduzir as palavras de seu pai sobre seu desaparecimento:

“Está provado que ele chegou a este estado de desespero levado por privações muito cruéis… Sua morte foi consequência da dignidade e altivez de seu caráter. ..”

 

Nosso profundo respeito, aviador!!!

Referências:

– Campos, Eduardo: Pouso da Águia, UFC,2000;

– Cooper, Ralfh: Pinto Martins, Manuscrito sem data e paginação;

– Jornal do Brasil, 4 de setembro de 1922;

– Revista Semana do Rio de Janeiro, 19 de agosto de 1922;

– Theofilo G. de Oliveira, Tácito. Pinto Martins.  Fortaleza – Ceará – 1977.

– www.camocimpotedehistoria.blogspot.com

Agradecimentos

– A Base Aérea de Fortaleza;

– À Biblioteca Municipal de Camocim;

– Ao Instituto do museu jaguaribano, Aracati, Ceará.

– Ao Senhor Arthur Queiroz, historiador camocinense (in-memorian);

 

 

 

 

 

 

 

 

ATLETA SEM VALOR O VAQUEIRO

 

Eis o mato estalando

Na imensa agrestina,

É um cabra trabalhando

Igual a gente fina;

O sol já na altura

Tremendo as imagens,

Vemos a sua bravura

Por entre as folhagens;

Com vestes de couro

Prá se livrar do espinho,

Ir de encontro ao touro

Até parece linho fino;

Correr atrás de animais

É coisa de homem valente,

Com alegria se satisfaz

Pois é algo decente;

Quando o sol da alturas desce

Recolhe o gado enfadado,

Aí o dia enegrece

E ele fica atrapalhado;

Será bom repousar

Ou ir ver a namorada,

Que está a esperar

Para boa temporada;

Vida de vaqueiro é labor

Que divide o coração,

Entre animais e o seu amor

Tudo é emoção;

Ao corajoso vaqueiro

Minha sincera admiração,

Quer barro rachado ou ribeiro

Nunca abandona o sertão.

 

MARYLIN MONROE PROSTITUTA OU RAINHA DA SENSUALIDADE

 

A televisão chegou ao Brasil em setembro de 1950, pelas mãos do jornalista Assis Chateaubriand e dez anos após, com muito esforço o Ceará conseguiu instalar a TV Ceará Canal 2, emissora também integrante da grande cadeia dos Diários Associados, mas que saiu do ar em julho de 1980.

O cinema que, havia chegado a Fortaleza na primeira década do século XX sendo mudo até 1930, sofreu sua primeira ameaça em 1924, com estudos da primeira emissora de rádio que se chamou se Rádio Clube Cearense, com estatuto aprovado em 15 de fevereiro do mesmo 24. Os receptores existentes em Fortaleza eram de propriedade dos associados Clovis Meton de Alencar e de Alfredo Euterpino Borges, mas, essa emissora não chegou a entrar no ar.

Em 1 de janeiro de 1928 o céu de Fortaleza foi cortado pelas ondas hertzianas da “Rádio Educadora Cearense”, fato este registrado aos 12 de janeiro de 1928, no Jornal O Povo em sua edição nº. 6, em que traz a seguinte nota: “Esta nova sociedade de Rádio, ciosa de seus deveres de educar o povo de nossa terra, está promovendo um concurso que sobre os aspectos, é merecedor dos aplausos do público e dentro de pouco tempo saberemos qual o melhor Rádio telegrafista…”. Lamentavelmente antes dos rumores da revolução de 1930, essa emissora que, tinha o poeta Pierre Luz como locutor chefe, já não estava mais no ar. Assim o cinema cearense de fato só sofreu sua primeira concorrência quando, a Ceará Rádio Clube em maio de 1934, começou a fazer broadcasting. O rádio em seus anos de ouro e com a implantação de programas de auditórios, não conseguiu tirar o fascínio das imagens que, o povo tinha como vantagem ao ir ao um cine.  Pergunte aos que foram frequentadores do cinema, se já não assistiram alguma coisa produzindo pela Twentieth Fox e das produções de Hollywood?

Pois bem, em Los Angeles – USA em 1 de junho de 1926, nasceu Norma Jean Mortenson filha de Gladys Monroe Baker e de pai ignorado. Devido à instabilidade mental da sua mãe e ao fato que era solteira naquele tempo, Norma Jeane foi colocado no repouso Foster de Albert e de Ida Bolender. Ali ela viveu os primeiros 7 anos de sua vida.

Em 1933, Norma Jeane viveu momentaneamente com sua mãe. Gladys começou a mostrar sinais de depressão mental e em 1934 fora admitida para um descanso numa casa em Santa Mônica. Grace McKee, um amigo próximo de sua mãe tomou cuidado sobre Norma Jeane. O Grace amou e adotou-a. Norma Jeane sob seu incentivo foi se transformando numa menina bonita e, quando se formou mulher se tornaria uma importante estrela de filme.

Em setembro 1941 Norma Jeane estava vivendo outra vez com Grace quando se encontrou com Jim Dougherty, que seria seu marido. Norma Jeane casou-se em 19 de junho de 1942.

Dougherty se juntou aos fuzileiros navais em 1943-44 e foi enviado para além mar. Norma Jeane, ao trabalhar em uma fábrica que inspecionava pára-quedas em 1944, foi fotografada pelo exército como uma promoção, para mostrar mulheres na linha de conjunto que contribui ao esforço da guerra. Um dos fotógrafos de nome David Conover, pediu para fazer exame de retratos mais adicionais dela. Em 1945, rapidamente as fotos de Norma estavam como os “fotógrafos sonham” e, tinham aparecido em 33 capas de revistas, tornando-se celebridade. Aí os produtores da indústria cinematográfica não pouparam a timidez e antagonismo da jovem Norma, e a transformaram em Marilyn Monroe que, com os cabelos oxigenados, passou a usar o nome de sua mãe.

Em 1946 ela se divorciou sendo depois contratada por grandes stúdios fotográficos. Assim Johnny Hyde, da agência de William Morris, transformou-se em seu mentor e amante em 1949. Também, em 1949, Marilyn concordou em posar nua para um calendário.

Segundo os fofoqueiros da mídia, que muitos chamam de “Colunista Social”, dizem que existe a mulher sensual e a sexy. A sensual atrai os homens pelo carisma e beleza física natural; a sexy é a que se expõe, provocando. Assim os produtores do cinema dos Estados Unidos transformaram a sensualidade de Marilyn em sexy, oferecendo-lhe personagens extravagantes, e como a telinha é uma fabrica de sonhos, o público e a opinião geral, fizeram da bela moça uma prostituta, embasado em seus constantes insucessos na vida matrimonial.

Para mim a prostituta é a que vende o seu corpo, para saciar o garanhão, a causadora na destruição de um bom relacionamento, ou que tem prazer em abalar uma família bem estruturada. A mulher que se vende não vale o que recebe. Marilyn era uma atriz como qualquer outra, tal como as da televisão brasileira, verdadeira vergonha em suas novelas exibidas em horário nobre. Hoje infelizmente a sociedade com a mente deturpada é quem faz a moral.

Foram muitas produções que essa bela atriz fizera, dentre as quais menciono: “O Rio das Almas Perdidas”, “Torrentes da Paixão” dois excelentes clássicos, mas o povo já começou a vê-la com maus olhos, efeito da terrível exploração da Twentieth Fox. Estava sendo considerada como objeto, e ninguém mais a via como criatura humana, tal como a medicina desumanizada em que o pobre paciente não é gente, e sim caso médico ou número de prontuário. Então isso fez, segundo a medicina psiquiátrica, uma conexão com sua infância e aí começou a lourinha a ser uma pessoa depressiva, e já na conseguia mais trabalhar com o potencial que lhe era próprio, passando a ser usuária de remédios controlados. Passou a ser acompanhando por psicanalistas e algumas obras sobre sua vida, dão conta de que ela teve péssimo tratamento.

Em 19 de maio de 1962, no aniversário de John Kennedy, Marylin foi convidada a cantar, HAPPY BIRTHDAY FOU YOU e, a coisa complicou ainda mais, pois surgiram rumores de um possível relacionamento amoroso entre a própria Marilyn e o chefe do Estado Americano.

Aquela participação com a família mais importante da época, em vez de trazer-lhe alívio, só complicou ainda mais o seu estado depressivo e, segundo relatos de pesquisadores de sua biografia, o seu psiquiatra não foi um bom profissional.

MariIyn Monroe foi encontrada morta em sua modesta casa aos 5 de agosto de 1962, e segundo a perícia, seu corpo estava numa posição de querer usar o telefone, o que se presume um possível pedido de socorro. A morte desta estrela que nunca deveria ter brilhado, mas, que tanto brilhou na telas da Twentieth Fox ainda hoje é um mistério.

“Hollywood é um lugar onde pagaram mil dólares por seu beijo, e cinqüenta centavos por sua alma”. Um Fã anônimo.

OSCAR PEDREIRA EMPRESÁRIO SOLIDÁRIO

Oscar Jataí Pedreira nasceu em Fortaleza aos 18 de julho de 1896. Filho de Luiz da Silva Pedreira e Francisca Jataí Pedreira. Foi o primeiro empresário de ônibus coletivo de Fortaleza, a qual conduziu seu empreendimento por 30 anos.

Casado com a Sra. Francisca Holanda Pedreira, e para homenageá-la Oscar Pedreira por chamá-la na intimidade Francisquinha, colocou o nome em sua mansão o nome de “Vila Quinquinha”, na Avenida Francisco Sá nº 1855.

Vila Quinquinha

Apesar de o casal não ter tido filhos, adotou seus irmãos, sendo um exemplar chefe de família, deixando legado de excelente empresário, e como prova de que gostava dos moradores assistidos por suas linhas coletivas, pensou nos que não eram seus usuários. Foi graças a sua intervenção significativa, que em 1952, Jacarecanga contou com seu primeiro posto de combustível. O Posto Clipper, que revendendo produtos Atlantic, fora instalado em local estratégico: Fim da Rua Jacinto de Matos, início da Rua José Bastos, convergindo ambas as com a Avenida Francisco Sá tendo passagem de Nível ferroviário, que acompanhava a José Bastos, tal como ficou até 2010. Hoje é Av. José Jataí.

Posto Clipper 

Faleceu em 13 de dezembro de 1977, e a família resolveu vender a propriedade e quando de sua demolição desnecessária, desapareceu um grande galpão, que era a garagem da empresa do Pedreira. Assim é que a aristocracia do Jacarecanga foi se acabando.

Nota: Atendendo projeto do Vereador Luiz Ângelo, a Rua Quixeramobim aos 18 de julho de 1978, passou a se denominar Rua Oscar Pedreira.

 

Rua Quixeramobim atual Oscar Pedreira

Jacarecanga

 

 

MOTORISTA JOÃO PILÃO HUMILDADE E TRABALHO

 

 

          Motorista João Pilão    

João Amora Moreira (João Pilão) nasceu em Aquiraz aos 14 de junho de 1914. Veio para Fortaleza em 1941, já trabalhando como motorista de uma fabrica de aguardente. Nesse mesmo ano trocou o caminhão pelo ônibus e trabalhou com os primeiros empresários de ônibus de Fortaleza, na Empresa Pedreira (1929) de propriedade dos Srs. Oscar Jataí Pedreira e João de Carvalho Góes, de onde faziam as linhas: Vila São José/Centro; Jacarecanga/Centro; Brasil Oiticica/Centro e Carlito Pamplona/Centro. Depois o Sr Oscar Ficou comandando sozinho o empreendimento. Foram essas as quatro concessões inicialmente dadas aos empresários.

Foi aí que João Amora popularmente em toda Fortaleza motorizada e usuária de transporte coletivo, conheceu João Pilão. Folgava rapidamente uma mão do volante e acenava para o povo.

Só dirigia de bem consigo mesmo, e sorria para os passageiros. Foi um vereador que não tivemos, se tivesse sido um aproveitador por sua popularidade. Trabalhou ao volante até dezembro de 1973 quando merecidamente obteve sua aposentadoria previdenciária, aproveitando o encerramento das atividades e perca de concessão da Empresa Pedreira. Ainda cheguei a passear em seus veículos da marca GMC e Ford com carrocerias de madeira, fabricadas em 1946.

João Pilão residindo na Capital, primeiro morou na Rua Padre Mororó defronte ao Cemitério São João Batista indo depois para o Bairro Carlito Pamplona, vindo a residir na Rua Assis Bezerra e por ultimo na Rua Coelho Fonseca, no mesmo bairro.

Faleceu em 2 de maio de 2000 e era casado com Nedir Nogueira Moreira, falecida dois meses antes dele, deixando sete filhos.

MIRTON LAVOR MISSIONÁRIO DO JACARECANGA

 

 

Padre Francisco Mirton Bezerra de Lavor (Pároco dos Navegantes);

Ordenação Sacerdotal: 7/12/1952

Provisão e outras atividades: Pároco da Paróquia de São Francisco de Assis – Jacarecanga.

Histórico Pastoral

– Vigário das Paróquias São Francisco de Assis, em Fortaleza 15/02/1959;

– Diretor Artísitico da Rádio Assunção de Fortaleza – CE;

– Diretor chefe do Jornal O NORDESTE, em Fortaleza;

– Professor dos colégios: Nossa Senhora de Lourdes (1960), Colégio Santa Isabel (1970);

Santa Cecília (1970-1971), Colégio Castelo Branco (1969 a 1972),

– Diretor do Ensino e Treinamento do SENAI-CE – 1972;

– Diretor Regional do SENAI – 1973-1974;

Faleceu aos 8 de Agosto de 2021.

(Fonte: Arquidiocese de Fortaleza).

   Paróquia dos Navegantes.