CARLOS EDUARDO BENEVIDES
Filho de Artur Feijó Benevides e Maria do Carmo Eduardo Benevides. Nasceu a 13.12.1904, no distrito de Água Verde, município de Pacatuba/CE (hoje Guaiúba). Casado com Antonia Cabral Benevides (Nenzinha) e pai de Carlos Mauro Cabral Benevides, Myrtes Benevides Amaro e Mauricio Cabral Benevides. Faleceu a 20.03.1997, em Fortaleza. Era Farmacêutico.
Em 1920 transferiu residência para a cidade de Pacatuba, onde foi gerente e depois proprietário da Farmácia Silva.
Em 1926, veio residir em Fortaleza, e comprou de Artur Memória, com o apoio e aval de seu tio e grande amigo, Dr. José Eduardo Espíndola, a Farmácia Popular, na Rua 24 de Maio.
Em 1927, deslocou-se à cidade de Salvador, na Bahia, para realizar o indispensável curso, exigido pela legislação de então, denominado de Oficial de Farmácia, titulação que lhe permitiu aviar as prescrições dos médicos em exercício na nossa cidade, naquela época.
Em 1929, com o bom êxito da farmácia, ele a transferiu para um prédio maior, de dois andares, na Rua General Sampaio, esquina com General Clarindo de Queiroz, denominando-a, a partir de então, de Farmácia Belém, que posteriormente foi transferida para a Rua Pedro Borges, na Praça do Ferreira.
Em 1934, ao candidatar-se a Deputado Estadual, entregou a direção da farmácia ao seu irmão Fernando que se interessou pelo ramo, chegando a formar-se em Farmácia. Carlito, como era conhecido, elegeu- se pela Liga Eleitoral Católica e, em 1936, foi um dos votos decisivo na eleição de Francisco de Menezes Pimentel (amigo particular de seu tio Dr. José Augusto Espíndola que o apresentou), ao disputar com José Acioly, a Presidência do Estado. Isto he custou várias tentativas de assassinato, por envenenamento e, à bala, inclusive. Esteve na iminência de ser morto, sutilmente, quando seus adversários políticos tentaram envenená-lo durante um almoço oferecido por seus amigos e correligionários. Ele, porém, escapou sempre, e tudo enfrentou com altivez e dignidade, sem represálias.
Obteve expressiva votação nos municípios de Pacatuba, Cascavel e Pacajus (esta, antes denominada de Guarani). Juntamente com o seu colega Ubirajara Índio do Ceará, identificou-se com os postulados da Ação Integralista Brasileira, fundando núcleos de representação em seus municípios, assumindo posição de relevo na estrutura estadual do movimento.
Com o fechamento da Assembléia Legislativa, por força da implantação do Estado Novo, Carlito Benevides voltou às suas atividades empresariais, nas Farmácias Belém e Teodorico (esta, adquirida de Alberto Eloy, em 1950). Foi, portanto, um dos pioneiros das atuais redes de estabelecimentos farmacêuticos.
A partir de 1946, filiou-se ao PSD (Partido Social Democrático), juntamente com o seu irmão Eduardo Benevides, eleito três vezes Prefeito de Pacatuba.
Em 1949, fundou a Cooperativa de Crédito do Comércio Popular Ltda., na Rua Major Facundo, 780, no centro da cidade, contando com as parcerias empresariais de seus grandes amigos Clóvis Arrais Maia e José Ibiapina de Siqueira, a qual gerenciou até 1969.
O seu retorno à vida legislativa somente ocorrera nas eleições de 15 de novembro de 1974, quando se elegeu deputado Estadual pela legenda do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), em substituição a seu filho Carlos Mauro Cabral Benevides, (político consagrado em todo o Estado, e que havia sido Presidente da Assembléia Legislativa do Ceará 1963 -1965) ajudando a eleger o mesmo, a Senador da República.
A continuidade política do nome de Carlito Benevides prossegue até os dias atuais, através das brilhantes atuações dos seus netos, Deputado Mauro Filho, um dos mais destacados parlamentares do Poder Legislativo da atual geração, e Régis Benevides, Vereador da Câmara Municipal de Fortaleza, além do ex-Senador e Deputado Federal pelo PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), Mauro Benevides, seu ilustre filho. Ao Mauro Benevides, dispensa-se comentários.
“A fé em Deus resume todo o sentido da Vida”. Carlito Benevides, patriarca.