A televisão chegou ao Brasil em setembro de 1950, pelas mãos do jornalista Assis Chateaubriand e dez anos após, com muito esforço o Ceará conseguiu instalar a TV Ceará Canal 2, emissora também integrante da grande cadeia dos Diários Associados, mas que saiu do ar em julho de 1980.
O cinema que, havia chegado a Fortaleza na primeira década do século XX sendo mudo até 1930, sofreu sua primeira ameaça em 1924, com estudos da primeira emissora de rádio que se chamou se Rádio Clube Cearense, com estatuto aprovado em 15 de fevereiro do mesmo 24. Os receptores existentes em Fortaleza eram de propriedade dos associados Clovis Meton de Alencar e de Alfredo Euterpino Borges, mas, essa emissora não chegou a entrar no ar.
Em 1 de janeiro de 1928 o céu de Fortaleza foi cortado pelas ondas hertzianas da “Rádio Educadora Cearense”, fato este registrado aos 12 de janeiro de 1928, no Jornal O Povo em sua edição nº. 6, em que traz a seguinte nota: “Esta nova sociedade de Rádio, ciosa de seus deveres de educar o povo de nossa terra, está promovendo um concurso que sobre os aspectos, é merecedor dos aplausos do público e dentro de pouco tempo saberemos qual o melhor Rádio telegrafista…”. Lamentavelmente antes dos rumores da revolução de 1930, essa emissora que, tinha o poeta Pierre Luz como locutor chefe, já não estava mais no ar. Assim o cinema cearense de fato só sofreu sua primeira concorrência quando, a Ceará Rádio Clube em maio de 1934, começou a fazer broadcasting. O rádio em seus anos de ouro e com a implantação de programas de auditórios, não conseguiu tirar o fascínio das imagens que, o povo tinha como vantagem ao ir ao um cine. Pergunte aos que foram frequentadores do cinema, se já não assistiram alguma coisa produzindo pela Twentieth Fox e das produções de Hollywood?
Pois bem, em Los Angeles – USA em 1 de junho de 1926, nasceu Norma Jean Mortenson filha de Gladys Monroe Baker e de pai ignorado. Devido à instabilidade mental da sua mãe e ao fato que era solteira naquele tempo, Norma Jeane foi colocado no repouso Foster de Albert e de Ida Bolender. Ali ela viveu os primeiros 7 anos de sua vida.
Em 1933, Norma Jeane viveu momentaneamente com sua mãe. Gladys começou a mostrar sinais de depressão mental e em 1934 fora admitida para um descanso numa casa em Santa Mônica. Grace McKee, um amigo próximo de sua mãe tomou cuidado sobre Norma Jeane. O Grace amou e adotou-a. Norma Jeane sob seu incentivo foi se transformando numa menina bonita e, quando se formou mulher se tornaria uma importante estrela de filme.
Em setembro 1941 Norma Jeane estava vivendo outra vez com Grace quando se encontrou com Jim Dougherty, que seria seu marido. Norma Jeane casou-se em 19 de junho de 1942.
Dougherty se juntou aos fuzileiros navais em 1943-44 e foi enviado para além mar. Norma Jeane, ao trabalhar em uma fábrica que inspecionava pára-quedas em 1944, foi fotografada pelo exército como uma promoção, para mostrar mulheres na linha de conjunto que contribui ao esforço da guerra. Um dos fotógrafos de nome David Conover, pediu para fazer exame de retratos mais adicionais dela. Em 1945, rapidamente as fotos de Norma estavam como os “fotógrafos sonham” e, tinham aparecido em 33 capas de revistas, tornando-se celebridade. Aí os produtores da indústria cinematográfica não pouparam a timidez e antagonismo da jovem Norma, e a transformaram em Marilyn Monroe que, com os cabelos oxigenados, passou a usar o nome de sua mãe.
Em 1946 ela se divorciou sendo depois contratada por grandes stúdios fotográficos. Assim Johnny Hyde, da agência de William Morris, transformou-se em seu mentor e amante em 1949. Também, em 1949, Marilyn concordou em posar nua para um calendário.
Segundo os fofoqueiros da mídia, que muitos chamam de “Colunista Social”, dizem que existe a mulher sensual e a sexy. A sensual atrai os homens pelo carisma e beleza física natural; a sexy é a que se expõe, provocando. Assim os produtores do cinema dos Estados Unidos transformaram a sensualidade de Marilyn em sexy, oferecendo-lhe personagens extravagantes, e como a telinha é uma fabrica de sonhos, o público e a opinião geral, fizeram da bela moça uma prostituta, embasado em seus constantes insucessos na vida matrimonial.
Para mim a prostituta é a que vende o seu corpo, para saciar o garanhão, a causadora na destruição de um bom relacionamento, ou que tem prazer em abalar uma família bem estruturada. A mulher que se vende não vale o que recebe. Marilyn era uma atriz como qualquer outra, tal como as da televisão brasileira, verdadeira vergonha em suas novelas exibidas em horário nobre. Hoje infelizmente a sociedade com a mente deturpada é quem faz a moral.
Foram muitas produções que essa bela atriz fizera, dentre as quais menciono: “O Rio das Almas Perdidas”, “Torrentes da Paixão” dois excelentes clássicos, mas o povo já começou a vê-la com maus olhos, efeito da terrível exploração da Twentieth Fox. Estava sendo considerada como objeto, e ninguém mais a via como criatura humana, tal como a medicina desumanizada em que o pobre paciente não é gente, e sim caso médico ou número de prontuário. Então isso fez, segundo a medicina psiquiátrica, uma conexão com sua infância e aí começou a lourinha a ser uma pessoa depressiva, e já na conseguia mais trabalhar com o potencial que lhe era próprio, passando a ser usuária de remédios controlados. Passou a ser acompanhando por psicanalistas e algumas obras sobre sua vida, dão conta de que ela teve péssimo tratamento.
Em 19 de maio de 1962, no aniversário de John Kennedy, Marylin foi convidada a cantar, HAPPY BIRTHDAY FOU YOU e, a coisa complicou ainda mais, pois surgiram rumores de um possível relacionamento amoroso entre a própria Marilyn e o chefe do Estado Americano.
Aquela participação com a família mais importante da época, em vez de trazer-lhe alívio, só complicou ainda mais o seu estado depressivo e, segundo relatos de pesquisadores de sua biografia, o seu psiquiatra não foi um bom profissional.
MariIyn Monroe foi encontrada morta em sua modesta casa aos 5 de agosto de 1962, e segundo a perícia, seu corpo estava numa posição de querer usar o telefone, o que se presume um possível pedido de socorro. A morte desta estrela que nunca deveria ter brilhado, mas, que tanto brilhou na telas da Twentieth Fox ainda hoje é um mistério.
“Hollywood é um lugar onde pagaram mil dólares por seu beijo, e cinqüenta centavos por sua alma”. Um Fã anônimo.