(1884 – 1925)
Octávio Bonfim era Engenheiro Civil, formado pela Escola de Engenharia da Bahia e, ingressou nos quadros da Rede de Viação Cearense – RVC em 1920 por indicação do Dr. Piquet Carneiro, Secretário Adjunto do Diretor Henrique Eduardo Couto Fernandes. A homologação de sua admissão na ferrovia fora assinada pelo Inspetor Geral da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas – IFOCS (atual DNOCS), Engº Miguel Arrojado Ribeiro Lisboa, afinal, a Rede de Viação passou administrativamente a ser subordinada por força do decreto nº. 13.687 de 7 de abril de 1919 assinado pelo Presidente DR. Epitácio Pessoa.
Octávio Bonfim fora designado para assumir a 4ª. Divisão, ou seja, Departamento de Via Permanente. Na Chefia deste departamento ou divisão, Bonfim juntamente com o Engenheiro Residente em Iguatú, José Barreto de Carvalho (Engº. Barreto), conseguiu construir e inaugurar no final de 1922 os ramais ferroviários de Cariús e Orós.
Obras do Ramal de Orós
OB deixando em 1923 a Via Permanente assumiu a 2º Divisão (Tráfego). O Dr. Luciano Martins Veras que substituiu Couto Fernandes na direção da Rede, nomeou uma comissão de estudos quanto à possibilidade de instalar as novas oficinas de Manutenção num terreno pertencente à União que, havia sido doado pelo Coronel Antonio Joaquim Carvalho Junior, visando a construção do Complexo Arquitetônico no Bairro Urubu (Atual Carlito Pamplona).
O projeto piloto foi idealizado por Octávio Bonfim que presidiu a seguinte comissão: João Franklin de Alencar Nogueira, Hugo Rocha, Emílio H. Baumgart e Alfredo Dollabela Portela.
Bonfim não pode ver concluídas as Oficinas do Urubu que seria inaugurada oficialmente em 30 de outubro de 1930, pois, acometido de infecção paratífica, veio a falecer precocemente em 30 de julho de 1925 com apenas 41 anos de idade.
Sede das Oficinas do Urubu
Projeto de Otávio Bonfim