Assis Lima
Assis Lima

A MOÇA DA ESTAÇÃO POBRE

                                                   A MOÇA DA ESTAÇÃOZINHA POBRE

“Eu amo aquela estaçãozinha sossegada

Aquela estaçãozinha anônima que existe,

Longe, onde faz o trem uma breve parada…

Na casa da estação, que é pequena e caiada,

Mora, a se estiolar uma menina triste;

À chegada do trem, semi-erguendo a cortina

Ela espia por trás da vidraça que a encobre,

Muita gente do trem para fora se inclina

E olha curiosamente o rosto da menina

Tão anônima quanto à estaçãozinha pobre;

O trem parte… Ficou na distância esquecida

A estaçãozinha… E a moça triste da janela…

Mas, vai comigo uma lembrança dolorida…

Quem sabe se a mulher esperada da vida

Não era aquela da estação, não era aquela,

Aquela que ficou para trás, perdida?”

Ribeiro Couto

 

Recentes
Clique na imagem para ler este livro
LIVE OFFLINE
track image
Loading...